História da Contabilidade


Onde há civilização há sempre a necessidade de proteger os bens e se organizar diante do que aconteceu, está acontecendo  e possa vir a acontecer com os objetos materiais de que o homem dispõe.

Quando o homem passou a se interessar pela agricultura e o pastoreio, deixando a caça e o modo comunitário de viver, surgiram divisões e consequentemente as propriedades e riquezas individuais.  Quando morriam essas propriedades eram deixadas como heranças para os filhos e outros parentes. É daí que surge o termo “patrimônio” deixado pelos pais (pater-patris), termo que atualmente é utilizado denominando qualquer tipo de valor, mesmo que não tenha sido herdado de parentes.

Devido a esta mudança no modo de vida humana, logo surge a atividade de troca e venda de bens e serviços (comércio). Cada uma dessas transações modificava o patrimônio do individuo e essa variação necessitava de um acompanhamento. Aí surgia a contabilidade.

“A origem da contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio”

Com o crescimento de bens devido a sua comercialização, se tornava difícil memorizar informações como quantidade de valores e quanto eles poderiam render ao longo do tempo, requerendo registros. A partir daí, quando havia o comércio era acompanhado de um simples relatório do acontecimento.

E até mesmo os impostos já eram cobrados em aproximadamente 2000 a.C. na Babilônia com escritas rudimentares registrados historicamente por escritos egípcios.

“Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. “

Como era de se esperar as operações econômicas se tornaram complexas, portanto seu controle precisou ser aperfeiçoado. O governo romano (200 a.C.) já tinha receitas de caixa classificadas em rendas e lucros e as despesas já eram denominadas em salários, perdas e diversões.

Mesmo com todo uso que já era feito da contabilidade na era medieval por governos e pela igreja, o termo contabilitá surgiu a partir do século XVIII na Itália, onde também foi definido que a contabilidade deveria ser realizada por um individuo devidamente qualificado para o exercício da profissão.

No Brasil, a profissão só passou a ter razoável evolução em torno de 1945, data da publicação do Decreto-Lei nº 9.295, que criou o Conselho Federal de Contabilidade e definiu, entre outras coisas, o perfil dos contabilistas. Contadores são graduados em cursos universitários de Ciências Contábeis e Técnicos em Contabilidade são aqueles provenientes das escolas técnicas comerciais e que apresentam, portanto, nível médio. Na época havia os guarda-livros, pessoas que, apesar de não apresentarem escolaridade formal em Contabilidade, exerciam atividades de escrituração contábil.



O Caduceu, símbolo da contabilidade, é representado por um bastão de prata envolvido por duas serpentes e na parte superior um elmo duas pequenas asas.

Uma reverência a Hermes, um Deus protetor do comércio, a insígnia da profissão contábil significa a capacidade, a inteligência e a astúcia.

Cada peça tem um significado especial, sua origem se explica historicamente pela intervenção o Deus Hermes diante de duas serpentes que lutavam e se enroscavam em seu bastão. Os romanos utilizaram o caduceu como símbolo da moral e boa conduta.
BASTÃO: Simboliza o poder de quem conhece a Ciência Contábil, que tem por objetivo o estudo do patrimônio.

ASAS: Simboliza a presteza, a dedicação e diligência ao exercer a profissão.

ELMO: Era utilizado em armaduras para proteger a cabeça, significa a proteção aos pensamentos baixos que leva a ações desonestas. 

SERPENTES: Simbolizam a sabedoria, atenção e cuidado antes de agir para escolher o melhor caminho para o cliente.